Um dia, aí por volta do ano de 1970, Helena Coimbra apareceu na aldeia a pedir ajuda à minha mãe. Conheciam-se, claro, das Caldas, eram quase da mesma idade. A Helena tinha sido a alma do museu Malhoa, desde os anos 50 até à ida para Lisboa, em 1969. Agora à frente do Museu de Arte Popular, estava a preparar uma exposição de louça comum e precisava de ajuda para identificar detentores de peças dispostos a cedê-las.
João B. Serra
Professor jubilado do Politécnico de Leiria
Exclusivo3 de Abril de 2021
Reparação ou resiliência?
Numa sociedade de fraca mobilidade e economia de escassez, os bens de consumo duradouro eram forçados a viver uma vida longa onde todo o desperdício era vigiado e censurado.