A máquina trituradora
Um estado social que cumpre funções de redistribuição e garante educação, saúde e segurança, às populações, precisa de cobrar impostos. No entanto, a população tem de percecionar que as vantagens que tem, pelo menos, equivalem ao sacrifício fiscal a que é exposta. Vem isto a propósito da produtividade dos colaboradores da AT (Autoridade Tributária) que, pelo menos, desde 2013, recebem um bónus de 5%, sobre o valor obtido em cobrança coerciva. Não vemos igual tratamento para profissionais de saúde, pelas vidas salvas, para professores, pelas competências pedagógicas e por aí fora. Será que este tratamento discricionário se justifica porque quanto maior a produtividade do fisco, melhor é a produtividade da nossa economia?