Sempre defendi que Leiria tivesse Centro(s) Comercial(ais). São a forma privilegiada de comerciar nos dias de hoje, ainda que na linha dos tradicionais mercados.
Mas isso não obsta à necessidade de que sejam tomadas medidas que, no mínimo, defendam as formas mais tradicionais de o fazer. Releva implementar uma política de trânsito e estacionamento que minimize a quase determinante vantagem que, no nosso caso o Leiria Shopping, tem sobre qualquer zona comercial da cidade, especialmente sobre a chamada zona histórica. Vem isto a propósito da recente medida de alargamento das zonas de estacionamento pago na cidade. Se concessionar pode contribuir para aliviar o sufoco financeiro da CML, não pode isso ser feito à custa das lojas, condenadas em cada dia que passa a aguardar o do seu encerramento. Impõe-se por isso que o estacionamento seja amigo delas, promovendo o parqueamento de curta duração, até 1 hora, com um custo simbólico. E que a segunda seja ainda de muito baixo custo. Promover e incentivar acordos entre os diferentes concessionários e o comércio por forma a encontrar soluções que, satisfazendo todos, privilegiem quem, ainda, permite que a cidade não seja um deserto. O comércio.
PS: Há zonas que obrigam a uma atenção particular na organização do trânsito e do estacionamento. É o caso do largo fronteiro à Escola Comercial. Urge definir o sentido de circulação.
(texto publicado a 19 de outubro de 2012)