A Mário Graça Mendes (MGM), especialista na fabricação e comercialização de portas, está a comemorar o 60º aniversário da sua história de sucesso crescente, resultado da qualidade do serviço e da atenção constante às necessidades dos clientes.
A empresa, fundada por Mário Graça Mendes a 25 de fevereiro de 1964, também atua nas áreas de automatismos, acessórios, manutenção e assistência. A partir das suas instalações em Pousos, no concelho de Leiria, atende às encomendas, quase todas provenientes de Portugal e Espanha.
Os dois filhos do fundador da MGM, Jorge Mendes e Vítor Mendes, asseguram a administração da empresa e, pode-se dizer, conhecem o negócio “como a palma das suas mãos”. De facto, começaram a ajudar o pai em diversas tarefas quando ainda eram adolescentes, prosseguindo uma aprendizagem no “chão de fábrica” que se reflete hoje no prestígio nacional e até internacional da marca.
Os dois irmãos, juntamente com a equipa de três dezenas de trabalhadores que os acompanham na MGM, são os responsáveis por manter a obra iniciada por Mário Graça Mendes, na década de 60 do século XX, quando chegou a Leiria para cumprir o serviço militar e trouxe consigo, como outros profissionais da época, a tradição dos serralheiros e da metalomecânica da região de Tomar.
O serralheiro Mário Graça Mendes trabalhou em duas empresas, então localizadas em Leiria, antes de fundar a MGM, numa altura em que a madeira estava a ser substituída pelo ferro e alumínio, sobretudo por este último metal, considerado mais inovador na época – aliás, a inovação rapidamente se tornou e mantém-se até hoje como uma das mais-valias da marca. A primeira sede da MGM localizava-se perto do local onde viria a ser construído o Hospital de Santo André.
Passada uma década da fundação da empresa, Mário Graça Mendes quase se mudou para Fátima; mas acabou por comprar o terreno à entrada de Pousos (no sentido Leiria-Fátima) onde seriam progressivamente construídas as atuais instalações.
No início da década de 70 do século passado, a MGM continuou a dar passos importantes na sua evolução, a crescer em espaço, e começou a apostar no ferro e na fabricação de portões, embora continuasse a atender à necessidade das tradicionais grades. E, numa demonstração de inovação, Mário Graça Mendes fabricava os comandos dos portões, para evitar os preços exorbitantes a que poderiam ser adquiridos em Itália.
Passo a passo, o crescimento da empresa ganhou novo fôlego com a entrada oficial dos dois irmãos Mendes na gestão e na sociedade da MGM, em 1997. Uma mudança que, no entanto, não os impediu de continuar a beneficiar do know-how de Mário Graça Mendes nas duas décadas seguintes. A empresa intensificou a automatização, começou a ganhar cada vez mais relevância e, no início dos anos 2000, atingiu um forte pico de crescimento, antes de sofrer, como todas as organizações, as consequências da crise que assolou o país em meados da década.
Ultrapassado aquele período mais difícil, reorientou as suas prioridades, nomeadamente em relação à internacionalização (hoje exporta 40% da produção), aos mercados prioritários e aos objetivos do negócio. E, passados poucos anos, estava de novo a expandir significativamente a sua atividade.
Hoje, os irmãos Mendes consideram que o conhecimento que adquiriram ao longo de décadas é uma das principais mais-valias da MGM. “Tivemos um bom professor, que foi o nosso pai. Um professor que, acima de tudo, nos ensinou coisas básicas na vida, que não se aprendem na universidade: a palavra, os outros e o mercado têm de ser respeitados”, afirmam.
“E há outra questão – adiantam Jorge e Vítor Mendes – toda a gente faz tudo, mas quando o cliente pretende algo diferente, mais específico, é preciso saber fazer. E, no saber fazer, temos pouca concorrência”.
O objetivo da atual administração é manter o legado de Mário Graça Mendes, continuar o crescimento e garantir, tanto quanto possível, que continua a ser uma empresa familiar. Que sempre se baseou na família, mesmo quando foi necessário fazer investimentos avultados. Com exceção de pequenos casos pontuais, sempre usou capitais próprios para concretizar os seus projetos.
E quer, naturalmente, manter os pergaminhos da sua história, que fizeram da MGM “um ‘casulo’ de algumas das principais empresas de portas da região e do país”, prosseguindo um caminho de referência atestado, por exemplo, na certificação do processo de Gestão de Qualidade – Certificado ISO 9001/2000 e na Declaração de Conformidade na produção de portas seccionadas (Marca CE) com o nr. 0402-CPD-402259. Bem como na atenção prestada ao serviço de pós-venda e na garantia de utilização de matéria-prima de qualidade, como aconteceu nas últimas seis décadas.
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A MGM exporta 40% da produção, sobretudo para Espanha, o seu mercado prioritário a seguir a Portugal;
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A empresa, com sede nos Pousos, tem 30 trabalhadores e é uma das referências do país no seu sector;
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Os dois filhos do fundador, Jorge Mendes e Vítor Mendes, asseguram a administração;
Mário Graça Mendes fundou a MGM a 25 de fevereiro de 1964, próximo do local onde viria a ser edificado o Hospital de Santo André. No início da década de 70 do século passado, comprou o terreno à entrada dos Pousos, onde seriam construídas as atuais instalações.
“Nós tivemos um bom professor, o nosso pai, que acima de tudo nos ensinou o que não se aprende na universidade.”
Vítor Mendes, administrador
“A atenção dada à produção e serviço pós-venda é garantida pela matéria-prima de qualidade e o saber-fazer de décadas.”
Jorge Mendes, administrador
Administradores e a equipa da MGM, na festa de comemoração dos 60 anos da empresa, que aconteceu dia 25 de fevereiro, em Leiria, na Quinta das Palmeiras