Fátima: Uma cidade do mundo, com 25 anos
As comemorações dos 25 anos de elevação a cidade arrancam em fevereiro e incluem uma meia-maratona, um festival de música clássica e um ciclo de debates, entre outras iniciativas
Fátima: Uma cidade do mundo, com 25 anos
As comemorações dos 25 anos de elevação a cidade arrancam em fevereiro e incluem uma meia-maratona, um festival de música clássica e um ciclo de debates, entre outras iniciativas
Pergunta da semana
José Poças das Neves vence Prémio Villa Portela com obra sobre Arthur d’Oliveira Santos
Fátima: Uma cidade do mundo, com 25 anos
As comemorações dos 25 anos de elevação a cidade arrancam em fevereiro e incluem uma meia-maratona, um festival de música clássica e um ciclo de debates, entre outras iniciativas
José Poças das Neves vence Prémio Villa Portela com obra sobre Arthur d’Oliveira Santos
A obra “Arthur d’Oliveira Santos. O percurso da vida de um idealista republicano (1884-1955)”, de José Poças das Neves, venceu o Prémio Villa Portela, anunciou hoje a Câmara Municipal de Leiria. Segundo a ata onde consta a deliberação do júri, este entendeu que a obra se revela “uma biografia, inovadora dentro do contexto da investigação histórica sobre a Região de Leiria e o Concelho de Ourém, com rigoroso respeito por todas as metodologias científicas próprias da escrita da História”. Natural de Vila Nova de Ourém, Arthur d’Oliveira Santos nasceu em 1884 e foi elemento do Partido Republicano Português. Localmente, desempenhou o cargo de presidente da câmara municipal e de administrador do concelho. Em Lisboa, foi fundador da Casa do Concelho de Ourém. Enquanto jornalista, Arthur d’Oliveira Santos interessou-se por temas sociais, políticos gerais e, ainda, por temas históricos e etnográficos da Alta Estremadura, tendo fundado e dirigido o “Povo de Ourém”. Entre 1929 e 1940, foi forçado a exilar-se em Espanha. Faleceu com 71 anos, no dia 27 de junho de 1955. A abordagem de José Poças das Neves a Oliveira Santos consegue, de acordo com o veredicto do júri, abrir “perspetivas novas, muito informadas e documentadas, acerca da vida de um dos protagonistas da República, nesta região”, bem como sobre “os acontecimentos de Fátima, em 1917 e anos seguintes”. O trabalho ajuda, por isso, ao “conhecimento e compreensão de um período e problemáticas da maior importância na História da Região de Leiria e de Ourém”. Enquanto administrador do concelho de Ourém, Arthur d’Oliveira Santos chegou a ser acusado, no âmbito do processo de Fátima, de raptar e ameaçar os pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco, o que o marcou até ao fim da vida. “A obra em causa constitui uma visão distanciada e historicamente sólida face às problemáticas abordadas, sendo, ainda, uma investigação aprofundada sobre a vida de Arthur d’Oliveira Santos”, acrescentam os jurados Isabel Brás, licenciada em História, na variante de Arqueologia, Fernando Magalhães, professor no Instituto Politécnico de Leiria, e o historiador e professor na Universidade de Coimbra, Saul António Gomes. O vencedor receberá dois mil euros de prémio, tendo o júri recomendado a publicação da obra à organização do Prémio Villa Portela, criado em 2010 por Ricardo Charters d’Azevedo, anterior proprietário do “chalet” histórico com o mesmo nome, em Leiria. Atualmente, o prémio é suportado e organizado numa parceria entre a Câmara de Leiria e o CEPAE – Centro do Património da Estremadura. José Poças das Neves Arthur d’Oliveira Santos