Marcha Mundial pela Justiça Climática

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Falta de mobilização adiou Greve Climática em Leiria mas já há novo encontro marcado

Faltou mobilização dos estudantes e cidadãos para concretizar na sexta-feira 22 de outubro, em Leiria, o protesto convocado pelo movimento Greve Climática Estudantil a nível nacional. Apenas duas jovens estudantes marcaram presença junto ao estádio de Leiria mas o evento, partilhado nas redes sociais, tinha sido cancelado. Ao REGIÃO DE LEIRIA, Ivo Santos, porta-voz do núcleo regional de Leiria do movimento, admite ter havido uma falha interna de comunicação com a organização nacional e justificou a não realização da iniciativa por falta de resposta atempada das direções escolares para o movimento poder fazer chegar a mensagem junto dos alunos e conseguir a adesão necessária. O núcleo ainda contactou a Câmara de Leiria para pedir esclarecimentos sobre os procedimentos necessários mas não chegou a formalizar o pedido. Ainda assim, o movimento, que se está a reorganizar e conta com novos elementos – Ivo Santos, Inês Pires, Luís Silva, Ana Rita Vieira e Rafael Henriques – diz-se empenhado em reativar os contactos e uma relação de proximidade com as escolas de modo a poder dinamizar apresentações e sensibilizar os jovens para os problemas ambientais e alterações climáticas, “para que num futuro próximo possamos organizar uma greve climática mais capaz”, explica Luís Silva. Marcha mundial A próxima iniciativa deverá acontecer já no dia 6 de novembro, estando o núcleo a unir esforços e vontades para organizar uma marcha e pintar eventualmente um mural, no âmbito da Marcha Mundial pela Justiça Climática convocada a pretexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021. A COP26 começa domingo, dia 31, e decorre até 12 de novembro na Escócia. Quanto à parca mobilização local, inclusive em protestos anteriores, Ivo Santos admite poder dever-se a algum descrédito relacionado com a falta de propostas concretas dos Governos e entidades competentes para resolver em Leiria problemas ambientais “que têm décadas”. “Faz com que as pessoas desacreditem de que é de facto possível alterar tudo isso e não tenham vontade de lutar em prol dessa causa. Não há motivação”, regista. Rafael Henriques entende que este poderia ser “um fator de incentivo para a adesão” da população. Isto é, “se o que vimos nas notícias no que toca às alterações climáticas não é motivador, poderíamos pensar que em Leiria todos estes antecedentes de problemas ambientais poderiam sê-lo, mas já é tão arrastado, tão crónico, tão insidioso a sociedade leiriense não ver soluções nem propostas do executivo no sentido de responder a estes problemas que é desmobilizador. As pessoas sentem que independentemente de tudo o que possam eventualmente fazer não há resposta”, conclui. Já em Caldas da Rainha, onde a comunidade escolar tem aderido regularmente ao protesto nacional, a greve realizou-se na sexta-feira com meia centena de ativistas.

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Falta de mobilização adiou Greve Climática em Leiria mas já há novo encontro marcado

Faltou mobilização dos estudantes e cidadãos para concretizar na sexta-feira 22 de outubro, em Leiria, o protesto convocado pelo movimento Greve Climática Estudantil a nível nacional. Apenas duas jovens estudantes marcaram presença junto ao estádio de Leiria mas o evento, partilhado nas redes sociais, tinha sido cancelado. Ao REGIÃO DE LEIRIA, Ivo Santos, porta-voz do núcleo regional de Leiria do movimento, admite ter havido uma falha interna de comunicação com a organização nacional e justificou a não realização da iniciativa por falta de resposta atempada das direções escolares para o movimento poder fazer chegar a mensagem junto dos alunos e conseguir a adesão necessária. O núcleo ainda contactou a Câmara de Leiria para pedir esclarecimentos sobre os procedimentos necessários mas não chegou a formalizar o pedido. Ainda assim, o movimento, que se está a reorganizar e conta com novos elementos – Ivo Santos, Inês Pires, Luís Silva, Ana Rita Vieira e Rafael Henriques – diz-se empenhado em reativar os contactos e uma relação de proximidade com as escolas de modo a poder dinamizar apresentações e sensibilizar os jovens para os problemas ambientais e alterações climáticas, “para que num futuro próximo possamos organizar uma greve climática mais capaz”, explica Luís Silva. Marcha mundial A próxima iniciativa deverá acontecer já no dia 6 de novembro, estando o núcleo a unir esforços e vontades para organizar uma marcha e pintar eventualmente um mural, no âmbito da Marcha Mundial pela Justiça Climática convocada a pretexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021. A COP26 começa domingo, dia 31, e decorre até 12 de novembro na Escócia. Quanto à parca mobilização local, inclusive em protestos anteriores, Ivo Santos admite poder dever-se a algum descrédito relacionado com a falta de propostas concretas dos Governos e entidades competentes para resolver em Leiria problemas ambientais “que têm décadas”. “Faz com que as pessoas desacreditem de que é de facto possível alterar tudo isso e não tenham vontade de lutar em prol dessa causa. Não há motivação”, regista. Rafael Henriques entende que este poderia ser “um fator de incentivo para a adesão” da população. Isto é, “se o que vimos nas notícias no que toca às alterações climáticas não é motivador, poderíamos pensar que em Leiria todos estes antecedentes de problemas ambientais poderiam sê-lo, mas já é tão arrastado, tão crónico, tão insidioso a sociedade leiriense não ver soluções nem propostas do executivo no sentido de responder a estes problemas que é desmobilizador. As pessoas sentem que independentemente de tudo o que possam eventualmente fazer não há resposta”, conclui. Já em Caldas da Rainha, onde a comunidade escolar tem aderido regularmente ao protesto nacional, a greve realizou-se na sexta-feira com meia centena de ativistas.

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