SFISTIKATED

Sfistikated lançam “Perpetual motion” esta sexta-feira

A dupla de Leiria lança o disco de estreia que resulta "da experimentação, das frustrações conjuntas passadas no estúdio e na vida", na busca por algo que "soe a novo, a único".

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SFISTIKATED estreiam-se n’A Porta e querem chegar à Lua

Na sala de ensaios, em Santa Eufémia, está a reprodução de um quadro de Basquiat. Foi lá que Roberto Oliveira e João Marques foram buscar o nome do novo projeto musical de Leiria, que estreia sábado, 18 de junho, na Stereogun, com a bênção do festival A Porta. “SFISTIKATED” saltou da obra de arte do artista que ambos admiram para o batismo da dupla, que encontrou ali a correspondência certa para o que fazem: um som “todo cortado”, explicou Roberto ao REGIÃO DE LEIRIA. Explicada a primeira dúvida de um dos novos projetos que se apresenta nest’A Porta, eis a segunda: a que soa o encontro entre os especialistas dos teclados dos First Breath After Coma (João Marques) e dos Whales (Roberto Oliveira)? Entre gostos e influências comuns e a vontade de explorar caminhos diferentes, andaram ano e meio em deambulações, à procura de identidade própria. “Mas não estávamos satisfeitos com o que estávamos a criar”, admite Roberto. O resultado era algo que já reconheciam, “uma mistura de First Breath After Coma (FBAC) e Whales”. Lentamente, o “processo de autoconhecimento” levou-os a pisar novos “pavimentos” artísticos. E redundou em algo original, “à parte disso tudo”, garante Roberto. “Começámos a explorar a sonoridade glitch, granular, de cortes e a colocar isso na nossa música”. O resultado é diversificado e temperado de experimentalismo, apontando na direção do hip hop, da pop e da eletrónica. Para ajudar à mescla, convidaram vocalistas da Alemanha, Estados Unidos da América e Inglaterra que foram conhecendo nos últimos dois anos. O produto final deixa-os “super-entusiasmados” e deve dar um disco lá para o próximo semestre. Antes, esta sexta-feira, dia 17, SFISTIKATED vão estar em palco “para surpreender muita gente”, a começar por eles próprios: “Queremos libertar as energias todas que temos dentro de nós e fazer um concerto mesmo energético, ‘partir’ a casa toda”, para mostrar “o que vem aí e transmitir isso ao vivo, na nossa cidade”, diz Roberto Oliveira. “No fundo, alinhar os shakras”, brinca João Marques. E depois da Stereogun? “Não há fonteiras. Esperamos que este projeto chegue até à Lua! [risos]. Onde der para a ir, vamos a tudo”, garante. A Porta até domingo A animação no festival que dá vida ao centro histórico de Leiria acelera a partir da tarde desta sexta-feira, dia 17, na Pousada, Jardim Luís de Camões (noite com Ryder the Eagle, Blu Samu e Titica) e Stereogun. Os dias grandes são mesmo sábado, na Rua Direita, de manhã à tarde (e com concertos de Moon Cowboy, Club Makumba e Sean Riley & The Slowriders à noite, no Jardim Luís de Camões), e todo o domingo no Parque do Avião. Programação completa para cada um destes dias e outras informações disponível em https://2022.festivalaporta.pt/programa.

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