sidra

Sidrada chega finalmente a Leiria e com um novo sabor

Depois de ganhar o mercado nacional através das grandes capitais, a sidra feita no Bombarral tem agora um ponto de venda fixo na capital do distrito que já estreia com novidade.

Pergunta da semana

Concorda com a suspensão de novas licenças para alojamento local em Leiria?
Responder agora

Sidrada. “Mais do que a sidra do Oeste, queremos ser a sidra de todos os portugueses”

Há uma sidra 100% artesanal e nacional e é feita no Bombarral. Sidrada surgiu há pouco mais de um ano no sul do distrito de Leiria mas assume argumentos suficientes para se afirmar no mercado nacional. Liliana Nóbrega e Nuno Clímaco explicam como surgiu Sidrada, falam do sucesso da sidra em Portugal e desvendam as próximas novidades que vão chegar do Oeste para os nossos copos.  Liliana Nóbrega e Nuno Clímaco reconhecem que a sidra feita no Oeste com “fruta feia” tem tido grande aceitação e já têm até propostas para exportar a Sidrada  Como surgiu a Sidrada? A Sidrada é uma marca de sidra portuguesa artesanal que nasceu da vontade de aproveitar maçãs que eram consideradas desperdício. Estas, devido ao seu calibre pequeno, forma irregular ou cor não uniforme, são deixadas nos pomares ou vendidas a muito baixo preço porque o mercado não valoriza a “fruta feia”. De origem somos produtores de maçãs e pera no Bombarral, já há três gerações, e sentíamos que tínhamos de fazer algo para alterar esta situação. Para além disso, achávamos que faltava em Portugal, ao contrário do resto da Europa e do mundo, uma sidra portuguesa de qualidade e com 100% sumo de maçã e com menos açúcar. Com tanta maçã portuguesa porque razão continuamos a consumir só sidra importada? Juntámos a estas razões a nossa enorme vontade de inovar e de mostrar que a zona Oeste de Portugal pode ter bons produtos e empresas inovadoras. Outra razão é a cada vez maior tendência mundial do consumo de sidras e cervejas artesanais, de produtos produzidos com uma maior consciência ambiental e utilizando matérias primas locais de melhor qualidade. De que forma o facto de ser produzida no Oeste está presente na vossa sidra? Desde sempre. É um sentimento do qual não abdicamos e, por isso, a nossa marca aparece em todos os rótulos enquanto ”Sidrada – A Sidra do Oeste.” Achamos que mais do que sermos de um lugar, pertencemos a uma zona do país com muito valor e potencial. Queremos ver todos os oestinos a beber e a gostar da nossa sidra. Fomos, igualmente, investigar um pouco mais a fundo as tradições e raízes desta zona: descobrimos que, originalmente, as macieiras e pereiras no Bombarral devem-se ao facto de monges de Cister de Alcobaça terem escolhido este local para plantar pomares devido às características dos seus solos, de “bom-barro”. Mais do que a sidra do Oeste, queremos ser a sidra de todos os portugueses. A sidra está atualmente em força entre as bebidas consumidas em Portugal. O que distingue a Sidrada das restantes? O consumo de sidra está a aumentar muitíssimo em Portugal, na Europa e Estados Unidos. Para quem não gosta de cerveja é excelente alternativa, para outros uma novidade absoluta. Ainda existe muita gente que não sabe o que é uma sidra e como é feita. Em Portugal temos muito mais a cultura do vinho e da cerveja, até devido à tradição. Mas não se pense que a sidra é apenas uma moda ou uma novidade porque a sidra é uma bebida muito antiga. Muitas são as teorias mas pensa-se que remonta às civilizações dos egípcios, gregos ou celtas. A nossa sidra é diferente das restantes existentes no mercado porque é artesanal, tem na sua constituição 100% sumo de maçã fermentado, sem adição de água, corantes ou aromatizantes. Tem quatro vezes menos açúcar que as sidras comerciais e, o mais importante, as maçãs utilizadas são todas de origem portuguesa, da zona Oeste. Que aceitação está a ter a Sidrada? Muito boa. “Primeiro estranha mas depois entranha”. Temos recebido muitas críticas positivas e mensagens de pessoas que provam e que gostam, e que nos perguntam: “Porque é que com tanta maçã em Portugal não há uma sidra portuguesa?”. Por exemplo, os estrangeiros residentes dizem-nos que faltava uma sidra assim em Portugal, pessoas da Irlanda, Estados Unidos, Inglaterra, França, Brasil, etc… Sabemos que o nosso produto é bastante diferente das restantes sidras que são comercializadas e tem sido um desafio interessante explicar o produto e essas diferenças. Estamos neste momento a vender sidras para todo o país e já temos propostas para comercializar para fora também, o que nos dá indicações que estamos no bom caminho. Onde podem ser adquiridas e bebidas as vossas sidras? Todos os nossos produtos podem ser adquiridos através do nosso site www.sidrada.pt, na nossa loja online. É muito fácil e temos entregas para todo o país e ilhas. Temos as nossas sidras e espumantes de sidra (bruto e meio-seco) em alguns restaurantes de chefs que já colocaram nas suas ementas os nossos produtos e que fazem aromatizações muito interessantes com pratos originais. Estamos em mercearias (Lisboa, Caldas da Rainha, Caminha, Silves, Lourinhã, etc), cafés e bares. É possível consultar todos os locais onde nos encontramos no nosso site. Estamos neste momento a receber pedidos de todo o país para colocarmos a sidrada em mais pontos de venda. Até ao final do ano vamos estar em muitos mais locais.  Têm ideias para lançar outros produtos no futuro? Temos algumas ideias de produtos para serem lançados em breve. Estamos a planear lançar uma edição especial de sidra de pera rocha e um vinagre de sidra de maçã, por altura do Natal. Uma maçã, três maçãs e dois espumantes Há duas Sidradas diferentes: a de 1 maçã e a de 3 maçãs. “São bastante diferentes mas complementam-se muitíssimo bem”, explicam Liliana e Nuno. Ambas são feitas com 100% de sumo de maçã fermentado (cada garrafa de 33 cl contém o equivalente a cinco maçãs espremidas), sendo que uma é produzida apenas a partir de maçã Royal Gala, enquanto a outra é resultado da mistura de Royal Gala, Granny Smith e Reineta. A Sidrada 1 maçã revela-se “mais suave e ligeiramente mais doce”, enquanto a 3 maçãs tem um sabor “mais intenso, complexo e frutado”. Os produtores acrescentam que a primeira “acompanha muito bem refeições ligeiras”, ao passo que a segunda é indicada para beber “como aperitivo”. Neste verão, foi lançado no 35º Festival do Vinho e Feira da Pera Rocha, no Bombarral, e na Feira Frutos, em Caldas da Rainha,

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais

Ao subscrever está a indicar que leu e compreendeu a nossa Política de Privacidade e Termos de uso.